quarta-feira, 8 de junho de 2005

Os Jogos

A Teoria dos jogos ganhou algum destaque na década de 40 após a publicação de “The Theory of Games and Economic Behaviour” por John Von Neumann e Oskar Morgenstern.
A Teoria dos Jogos tenta encontrar estratégias lógicas em situações em que o resulado depende não só da estratégia própria e das condições do jogo (o mercado, no caso da economia) mas também da estratégia de outros intervenientes que poderão ou não ter objectivos comuns e com acesso ou não à mesma infromação.

Algumas das classificações da teoria dos jogos:

Jogos de soma zero: Jogos em que a soma total dos ganhos de todos os jogadores é igual a zero, ou seja, um jogador só pode ganhar exactamente o que outro perder (ex. xadrez, jogos de cartas). Um dos grandes avanços que esta sistematização permitiu foi perceber que a economia e a política não têm de ser jogos de soma zero, ou seja, é possível que haja ganhos (ou perdas) simultâneos para todos os jogadores. Esta descoberta teve um grande impacto e permitiu uma nova abordagem nas negociações entre países e empresas.

Jogos cooperativos: Jogos em que os jogadores podem comunicar e negociar entre si.

Jogos transparentes: Jogos em que todos os jogadores têm acesso à mesma informação. O xadrez e a generalidade dos jogos de tabuleiro são transparentes. Os jogos de cartas não são, em geral, transparentes.

Como é fácil verificar, esta teoria tem aplicação tanto em jogos de entretenimento como em situações da nossa vida.

Um dos casos de estudo mais populares é o Dilema do Prisioneiro que a seguir transcrevo para quem se quiser exercitar.

“Dois homens são presos acusados de um crime conjunto. A lei prevê penas diferentes conforme o comportamento dos presos. O prisioneiro que denunciar o companheiro é imediatamente posto em liberdade enquanto que o outro é condenado a 5 anos de prisão. Se se denunciarem mutuamente são condenados a 3 anos de prisão. Se os dois permanecerem em silêncio então são ambos condenados a 1 ano de prisão. Qual é a atitude racional a tomar por um prisioneiro numa situação destas? Calar ou denunciar?”

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