segunda-feira, 1 de maio de 2023

A luta do 2º de maio


Em boa parte do mundo celebra-se hoje o 1º de maio, em homenagem aos manifestantes de Chicago. E bem. Nunca é demais relembrar a importância que a dignidade e o respeito devem ter em todas as relações, e nas laborais em particular.

Esta é uma luta que não termina pois (felizmente) novas causas vão tendo destaque e precisam de quem as defenda e lute por elas. Questões laborais respeitantes a género, imigração e salários são ainda pontos onde estamos longe do desejável.

E como lutar por tudo isto?

A resposta mais óbvia irá recair na participação nas manifestações do 1º maio e afins. Mas e depois? O que fazer quando termina o feriado e recomeçamos no ritmo diário infernal?

Exigir a nós próprios disciplina, responsabilidade, brio, empenho, iniciativa, respeito pelos outros e generosidade no que fazemos.

Exigir aos empregadores respeito por todos, boas condições de trabalho físicas e humanas, apreço e reconhecimento.

Exigir ao governo condições. Condições para que alguém com menos de 35 anos não sinta como única alternativa digna a emigração. Sem estes, e numa sociedade a mudar mais rapidamente que nunca, quem irá assegurar a continuidade e evolução das empresas atuais e criar as empresas do futuro? Condições para que ter filhos não seja, economicamente, uma decisão de risco. Condições para que quem ficou para trás na revolução tecnológica e da informação não esteja condenado a uma vida de trabalhos considerados menores e sem conseguir comunicar com o outro lado desse mundo. E muitas mais…

A luta do 2º de maio é fazer o possível por sermos melhores.