quinta-feira, 13 de julho de 2023

Educação?

Decorrem, já há bastante tempo, manifestações dos professores. Contra as condições de trabalho, concursos e progressão na carreira, principalmente.

Não tenho nenhuma solução mágica mas acredito que a gestão de concursos e de carreiras estar mais centralizada nas escolas traria vários benefícios.

Mas há um ponto, para mim, mais importante que este – a escola e os professores. Temas como sustentabilidade, igualdade de género, saúde, digitalização, erradicação da pobreza, integração e cooperação dificilmente poderão evoluir de forma significativa sem uma participação ativa das escolas e dos professores. Assim, estes serão protagonistas de uma mudança que está e vai continuar a acontecer e terão de ser um dos braços de uma estratégia para não deixar ninguém para trás. Isto por si só seria um desafio suficientemente estimulante para muitas pessoas. E, no entanto, cada vez menos pessoas se candidatam para ser professor.

Volto ao início. Não tenho solução mágica mas acredito que centrar a profissão naquilo para que está pensada (e não em incontáveis tarefas administrativas), reconhecimento, remuneração que permita não ter de pensar em fontes de rendimento adicionais (permitindo mais tempo pessoal) e maior participação na definição dos percursos educativos locais serão decisivos para que mais pessoas queiram abraçar esta profissão.

A alternativa é termos menos professores e, cada vez mais, maior proporção daqueles que o são como segunda opção.

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