Decorrem, já há bastante tempo, manifestações dos professores. Contra as condições de trabalho, concursos e progressão na carreira, principalmente.
Não tenho nenhuma
solução mágica mas acredito que a gestão de concursos e de carreiras estar mais
centralizada nas escolas traria vários benefícios.
Mas há um ponto,
para mim, mais importante que este – a escola e os professores. Temas como
sustentabilidade, igualdade de género, saúde, digitalização, erradicação da pobreza,
integração e cooperação dificilmente poderão evoluir de forma significativa sem
uma participação ativa das escolas e dos professores. Assim, estes serão protagonistas
de uma mudança que está e vai continuar a acontecer e terão de ser um dos
braços de uma estratégia para não deixar ninguém para trás. Isto por si só
seria um desafio suficientemente estimulante para muitas pessoas. E, no
entanto, cada vez menos pessoas se candidatam para ser professor.
Volto ao início.
Não tenho solução mágica mas acredito que centrar a profissão naquilo para que está
pensada (e não em incontáveis tarefas administrativas), reconhecimento, remuneração
que permita não ter de pensar em fontes de rendimento adicionais (permitindo
mais tempo pessoal) e maior participação na definição dos percursos educativos
locais serão decisivos para que mais pessoas queiram abraçar esta profissão.
A alternativa é termos
menos professores e, cada vez mais, maior proporção daqueles que o são como
segunda opção.
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