Sempre tivemos por cá este incrível hábito de não se abordar problemas em público. Fingimos que não existem, que nada se passa e esperamos que se resolva ou que "alguém" trate, assim de maneira discreta, para não levantar ondas.
Qualquer alemão ou holandês que por cá passe, desespera...
Há vários meses atrás foi espancado e morto um ucraniano que queria vir para Portugal, precisamente por aqueles responsáveis por tratar desse processo. Não conheço o enquadramento mas não consigo pensar em nenhum que possa sequer atenuar o que quer que seja.
O facto de não se falar sobre este assunto é gritante. Não fala ninguém responsável pelas pessoas que cometeram o acto. Não fala ninguém responsável pelo responsável pelas pessoas que cometeram o acto. Não fala o Presidente que sobre tudo fala. Não fala ninguém e não falamos nós. Somos cúmplices, por isso.
A mediática exaltação com Guantanamo e afins fica bem a todos os que a praticam. Principalmente porque é lá longe. Por cá, praticamos o nosso hábito de fingir que não há problema. Pode ser que passe... o problema ou o hábito.
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