O Governo apresentou o "Programa de Recuperação e Resiliência". Nem vou discutir o nome, que é a definição de redundância.
Na apresentação do mesmo, foi dito pelo 1º ministro:"A recuperação não pode significar regressar onde estávamos em fevereiro deste ano. A recuperação tem de nos permitir acelerar o futuro."
Nem de propósito, consultando a definição de resiliência, vejo:
"nome feminino
1. [
"resiliência", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2020, https://dicionario.priberam.org/resili%C3%AAncia [consultado em 24-09-2020]."
Passando a graça à frente, o plano lista uma série de medidas, algumas bem interessantes, mas peca por uma omissão. Como é que vamos influenciar as pessoas a fazerem diferente? A serem melhores? A quererem mais e a lutarem por mais?
Faltando isto, na prática, estaremos na mesma situação em que estávamos antes, apenas com uma quantidade de fundos adicionais. Acabando o dinheiro extra, fazendo as mesmas coisas, teremos as mesmas consequências.
Será que a ideia era mesmo uma aplicação da definição literal de resiliência...?
1 comentário:
... é o que se chama um "lapsus linguae" ... ou escorregadela na verdade...
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