Era uma pequena
viagem, só até ali, para ir buscar umas coisas ao trabalho. Agora trabalha-se
em casa e vou tentar ter o máximo de coisas à mão para não precisar de sair.
Pelo caminho, algumas pessoas. Tento resistir à tentação fácil de os
recriminar. Afinal também estou na estrada, fora de casa. É o que isto tem de
mau, mais facilmente pensamos o pior dos outros. Chego lá. O segurança
cumprimenta-me com um ar de este ser o momento alto do seu dia – “há 3 dias que
não falava com ninguém”, atira, com ar triste.
É do que tenho
mais medo. Que depois de passar o vírus, não acabe o isolamento. Que se pense
na maravilhosa eficiência e produtividade de estar em casa. E vão faltar as
graças, os sorrisos espontâneos, as birras por causa da janela aberta, as reuniões infindáveis com pessoas a mais.
Até já, futuro.
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