Em boa parte do mundo celebra-se hoje o 1º de maio, em homenagem aos manifestantes de Chicago. E bem. Nunca é demais relembrar a importância que a dignidade e o respeito devem ter em todas as relações, e nas laborais em particular.
Esta é uma luta
que não termina pois (felizmente) novas causas vão tendo destaque e precisam de
quem as defenda e lute por elas. Questões laborais respeitantes a género, imigração
e salários são ainda pontos onde estamos longe do desejável.
E como lutar por
tudo isto?
A resposta mais
óbvia irá recair na participação nas manifestações do 1º maio e afins. Mas e
depois? O que fazer quando termina o feriado e recomeçamos no ritmo diário
infernal?
Exigir a nós
próprios disciplina, responsabilidade, brio, empenho, iniciativa, respeito
pelos outros e generosidade no que fazemos.
Exigir aos empregadores
respeito por todos, boas condições de trabalho físicas e humanas, apreço e
reconhecimento.
Exigir ao governo
condições. Condições para que alguém com menos de 35 anos não sinta como única
alternativa digna a emigração. Sem estes, e numa sociedade a mudar mais
rapidamente que nunca, quem irá assegurar a continuidade e evolução das
empresas atuais e criar as empresas do futuro? Condições para que ter filhos
não seja, economicamente, uma decisão de risco. Condições para que quem ficou
para trás na revolução tecnológica e da informação não esteja condenado a uma
vida de trabalhos considerados menores e sem conseguir comunicar com o outro
lado desse mundo. E muitas mais…
A luta do 2º de
maio é fazer o possível por sermos melhores.